domingo, 17 de abril de 2011

Silêncio.

Ah, o silêncio...
Queria conhecer-te.
Ah, silêncio
Será possivel não ensurdecer-se de ti?

Há sempre algo que atrapalha nosso encontro
O mar
A chuva
O vento...
 Embaixo da terra hão de me atrapalhar, Sr. Silêncio?

No acalmar-se da noite sinto o teu perfume
É bom...Mas tu estás longe ainda.
Um carro passa
Uma pia pinga
Uma luz ilumina
Uma maquina datilografa
Um coração pulsa
Uma cabeça pensa...

Ah, Silêncio...
Serás tu, a paz ou o caus?
Aguardo...Um dia...Prometo nem sussurrar...
Ficarei em tua companhia.



Gabriel. P. Thiesen
Abril, 2011.




quarta-feira, 13 de abril de 2011

Como você vive seus momentos?

O TEMPO É RELATIVO.
O MOMENTO É RELATIVO.
AS LEMBRANÇAS SÃO RELATIVAS
SÃO SELETIVAS...
A PESSOA É RELATIVA
E RELATIVA É SUA SENSIBILIDADE
ISTO IMPORTA QUE,
NÃO IMPORTA A IDADE.

GABRIEL P. THIESEN
ABRIL, 2011.

A relatividade do tempo

Trânsito lento.
Observo o transeunte que só quer transitar
Lá longe ele já vai
Continuo no mesmo lugar.
Olho de um lado ao outro.
Me olho...
Tempo morto.
Duas horas a menos
Duas horas a mais
Duas horas iguais.
Os carros
O bom senso
O respeito
A solidão...
Manter a razão.
Vivamos, pois
O tempo que nos restar
Pois a espera é grande...


GABRIEL P. THIESEN
ABRIL, 2011.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Apontamentos 1 Oo.






Tenho procurado, muito, algo que me falta, algo que falta em mim, mas não sei bem o que é. Tenho procurado e procurar tem sido minha vida. Às vezes passo muito perto, chego mesmo a olhar e tocar a coisa almejada, mas prefiro fingir que não a encontrei. Tenho medo. Minha vida (a procura) pode acabar, Pode mudar... e, as mudanças são assim: mudam nossos hábitos e, consequentemente, nossas angustias. É mais fácil continuar procurando; Razões – para esquecer  - , motivos – para perseverar – ou  Atalhos – para se perder.  


MARÇO 2011
G.P.THIESEN

terça-feira, 8 de março de 2011

O o .



O que é o fundo do poço?
Não me perguntem!
Já tentei encontrar a resposta,
Fiz de um tudo e não estive lá...
Alguns acharam que eu estivesse;
Do meu ponto de vista, ainda me sentia muito bem.
O que é um poço?
O que é um fundo?
O que é um poço profundo?
O que é?
O que acho que seja?
Acho que o poço não tem fim.
Depende de onde você ainda “dá pé”.








G.P.Thiesen
Março, 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

Memórias, momentos; histórias...




Ah, como é bom lembrar,
(Re)lembrar...
Como é bom viver,
(Re)viver...
Como é bom viver para lembrar.
Como é bom relembrar os momentos que vivi.
Assim são os momentos.
Memoráveis? Nem sempre...
Preciosos? Preciosos!


Março, 2011.
G.P.THIESEN


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Penso, logo (Existo?).



Penso, logo existo
E quando não penso
Por que insisto?
Insisto em existir...
Não sendo pensante
O que eu seria?
Mais um animal errante?

Se errar é humano
Existir... é sobre-humano
Por isso, na humanidade
Há tantos desumanos.

G.P.Thiesen
Fevereiro, 2011 

Poeta amador



O poeta amador, ama a alegria
Ama a tristeza
Tudo ama
Ama, apenas.
O poeta amador ama, sobretudo, a dor.
Por tanto amar, escreve (com)paixão;
Perde a razão!

Não se é poeta por profissão
Nem por diversão
Mas por que ama.
Escreve para dentro
Não escreve para fora
Manda a angustia embora
Mas ela insiste em voltar.
O poeta amador é um amante profissional.


G.P.Thiesen
Fevereiro, 2011.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Expira... expira, nada de inspiração...




Com uma lâmpada acesa,
Memória se esforça;
Esforço ela
E nada surge de novo.
Ainda persisto
Não! Não desisto.
Há ainda muito que falar
 novamente me ponho a pensar
Murmurar.
Procurar.
Caneta e papel,
Parede e cabeça.
Uma hora tudo isso se encontra
Então apago a luz
E durmo feliz.

E agora, Matilde?










E agora, Matilde?

A chuva caiu;
A casa caiu.
O morro desceu
O Décio morreu.
Morreu o seu filho
Morreu seu marido
O bosque, já não é florido;
Já não há mais bosque
Nem mais nos quadrinhos
Pois livros não tem.
O sono não vem.
Se não há mais cama
Onde haverá a calma?
Somente um vazio na alma!
E nada mais há de haver.
E agora, Matilde?
Você que está velha
Você que é humilde;
E agora, Matilde?
Quer acordar,
Não quer nem lembrar
O que você quer?
Matilde, você nem mais é mulher!
Faz parte de um número
Você é um numero.
Você é lamento,
É toda sofrimento
É a cara da enxurrada,
Que enxurrou o firmamento.

Pensamentos de um homem


O que será morrer?
Isso que muitos desejam
Que outros preferem não pensar
O que será?
Para onde se vai,
Se é que se vai?
Ou tudo se esvai?
Ou tudo perece?
Apodrece...
O que acontece?
Que diferença haverá?
O caminho só leva para lá...
O que será morrer?
Este Homem quer tudo saber,
Quer tudo mudar
Não quer se calar.
Lobo do Homem
E a terra o come
É o que sabe.
Nada mais saberá.
Nada mais sobrará.

G.P.Thiesen